sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Parasitoses em Ovelhas

É o problema de saúde mais comum e que acarreta maiores prejuízos, mas de fácil controlo e maneio.

Como avaliar:

Através de exame de fezes.

Clinicamente: animais com "papeira" (vide foto) e ou animais apresentando mucosa dos olhos esbranquiçada e fezes pastosas.

Tipos de Desparasitantes:

Amplo espectro - ivermectin , moxidectin, levamisol, albendazol, oxifendazol e parbendazol.

Pequeno espectro - disofenol e closantel.

Aplicar os desparasitantes orais com pelo menos 12 horas de jejum. Após a aplicação (oral ou injetável), deixar os animais presos por mais 12 horas para a eliminação dos vermes contidos no animal.

Algumas ovelhas mais susceptíveis, mesmo sob tratamento intensivo, não conseguem se recuperar, sendo necessário repetir a dose ou trocar de medicamento para obter eficácia no controle.

Animais debilitados e com anemia profunda devem receber medicamentos de apoio, além do desparasitante, para o rápido restabelecimento de sua saúde. Nesses casos, indicam-se medicamentos que contenham vitamina B12, Cobalto e Ferro, que ajudam o organismo a repor as hemácias e glóbulos brancos perdidos durante o parasitismo e vitamina K para deter a hemorragia causada pelo parasito.

Logo após o parto, em função da lactação que debilita ainda mais uma ovelha já enfraquecida, recomenda-se, também, a administração de soluções à base de cálcio.

É comum a ocorrência de infecções secundárias por bactérias oportunistas em animais debilitados pela verminose. Geralmente essas bactérias são gram-negativas, tais como a Pasteurella e Escherichia coli , que podem matar o animal com pneumonia e/ou septicemia. Visando a controlar essas infecções secundárias, tem-se utilizado antibiótico à base de norfloxacina.

Vale sempre prevenir...

- Proteja as categorias susceptíveis, como as ovelhas em lactação e cordeiros em crescimento e acabamento, com o confinamento ou semiconfinamento.

- Não misturar animais jovens e adultos no mesmo pasto, reservando pastos que tenham ficado em descanso por um período de no mínimo 90 dias ou pastos recém-formados para cordeiros desmamados.

- Evitar pastos em baixadas e terrenos alagadiços.

- Descartar animais que apresentem, com freqüência, sintomatologia clínica de verminose.

- A criação conjunta de ovinos com outras espécies, como bovinos (adultos) ou eqüídeos também contribui para o controle da verminose, uma vez que as larvas dos vermes, quando ingeridas por bovinos adultos e eqüídeos não conseguem completar o ciclo parasitário, em função de especificidade do hospedeiro.

- No verão, quando os animais são presos à noite para protegê-los dos ataques dos cães ou animais silvestres, soltá-los no pasto após a secagem do orvalho. Esse manejo contribui para diminuir a infecção por helmintos gastrintestinais.

- Alimentar bem os animais, pois aqueles em bom estado nutricional, principalmente com elevado nível de proteína na alimentação, têm maior capacidade de resistir às infecções (endoparasitos) e infestações parasitárias (ectoparasitos).

- Evitar situações de estresse (mudanças bruscas de alimentação, transporte, etc.), principalmente no terço final da gestação ou durante a lactação, a fim de não reduzir ainda mais a imunidade do animal à verminose, que já se encontra baixa neste período reprodutivo.

- A rotação pasto x cultura é uma boa maneira de "limpar" os pastos de parasitos internos e externos dos animais.

- Dispor os cochos de alimentação a uma altura de pelo menos 10 cm do solo, a fim de evitar a contaminação dos alimentos com a entrada e pisoteio dos animais no cocho.

- Utilizar quarentena para ovinos que são introduzidos no rebanho, durante a qual são desparasitados, e, somente após a constatação de estarem livres de parasitos por meio de exame de fezes, serem integrados ao plantel.




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