sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

FACILITANDO O TRANSPORTE DE GATOS: COMO E O QUE FAZER PARA QUE TUDO CORRA BEM

Não é raro ver na prática veterinária proprietários de gatos aflitos com a situação de terem que transportarem seus bichanos, seja para uma viagem aérea ou até mesmo uma ida ao consultório. Os gatos são animais metódicos e em situações fora do usual podem ter as mais diversas reacções e não raro a tranquilização é a maneira encontrada para facilitar a situação. Mas às vezes o fácil se torna difícil, e até perigoso.

Seguindo uma linha de treinamento de animais baseada em amor, confiança e bom senso, qualquer pessoa com um mínimo de paciência e persistência pode usar as técnicas descritas para acabar com o desconforto tanto para ela como para seus bichanos quando o assunto a se tratar for transporte. Já mais que provadas e comprovadas com várias espécies de felinos, muitos selvagens originários de vida livre, porque não resultaria com o Tareco ou a Tareca?

É só seguir com atenção e depois desfrutar dos passeios que farão juntos.

CAIXA DE TRANSPORTE

A caixa de transporte garante um transporte seguro e cómodo, não só para o gato como também para o proprietário. Além de ter seu uso preconizado pela legislação, principalmente no caso de gatos, pode ser bastante perigoso dirigir com um animal solto no carro.

Em viagens mais longas é mais cómoda para o gato que peitorais, que são de melhor valia quando utilizadas para deslocamentos de curta distância (e preferencialmente a pé). E no transporte do animal no colo do proprietário há o risco de fugas, mordidas e arranhões, caso o gato se assuste.

* Alimentação e água não necessitam de ser oferecidas quando o animal estiver sendo transportado, a não ser que este vá ficar por várias horas dentro da caixa. Se for uma viagem longa de carro, com os proprietários, o ideal é parar nestes postos-restaurantes rodoviários e, com a peitoral, retirar o animal da caixa, e do carro para alimentá-lo. No caso de transportes públicos, como uma viagem aérea internacional, se faz necessário a colocação de uma quantidade de alimentação compatível com a duração do percurso. Vale lembrar que animais não habituados a todas estas situações podem muito bem recusar a alimentação devido ao estresse, e esses dois fatos somados (estresse e falta de alimentação/ desidratação) podem ser o factor determinante da manifestação de algumas enfermidades.

Devemos atentar para sinais de hipertermia quando do transporte em caixas durante o verão. O principal sinal é o aumento da frequência respiratória, com a boca aberta e língua para fora (o animal fica arfando); caso se observe estes sinais retire o animal da caixa e deixe-o em local fresco e ventilado até que volte ao normal, e ofereça água. Em casos de animais em choque térmico, o ideal é mergulhar a maior parte do corpo do gato em água fresca (não gelada!) e procurar atendimento veterinário urgente.

MODELOS E PECULIARIDADES

Existem as caixas de transporte manual e a de rodas (rolantes). As providas de rodas são muito atractivas para o proprietário (que não precisa carregar peso) mas são péssimas para o animal. Há duas características detestadas por felinos existentes quando do uso deste tipo de gaiola: o ruído das rodas e a instabilidade – em superfícies irregulares o gato deve se sentir como na máquina de lavar, de tanto chacoalhar.

Vamos falar das manuais. Estas podem ser de papelão, vime, madeira, fibra de vidro, alumínio e plástico. As melhores são as de plástico resistente, pois são as mais seguras e de mais fácil limpeza.

-
papelão: descartáveis, pouco seguras mas podem ser úteis em caso de emergência;
-
vime: bem ventiladas (únicas que não necessitam de orifícios de ventilação caso a porta já tenha aberturas), leves e confortáveis para os felinos, mas como as de papelão, podem ser facilmente destruídas por um animal estressado, levando à fuga;
-
madeira: baixo custo, mas são pesadas e de limpeza difícil (como as citadas acima), estragam rápido e caso isto passe despercebido pode resultar em fugas e até mesmo injúrias causadas por lascas;
-
fibra de vidro: super aquecem no verão, necessitam de muita ventilação;
-
alumínio: parecem gaiolas e possuem uma bandeja removível, útil no momento de retirar o animal da gaiola; mas além de ser incómodo para o animal estar tão exposto, este pode se machucar ao tentar uma fuga pelas grades;
-
plástico: as de plástico resistente são as mais utilizadas e as mais recomendadas. Não super aquecem tanto como as de fibra de vidro, são leves, seguras e de fácil limpeza. Existem as de plástico transparente, que para um animal curioso pode até ser interessante, mas deve ser desconcertante para um nervoso.

É importante certificar-se com o fabricante de que o material das caixas não seja tóxico para gatos.


As caixas devem promover a visualização de todo o animal mas sem expô-lo demais: isso se dá através de portas com grades além de orifícios em cada um dos lados da caixa. Devem acomodar o animal até seu tamanho adulto máximo, sem ser muito pequena (ele deve conseguir ficar em pé, deitado e se virar facilmente) ou muito grande (2x ou mais do tamanho do gato) onde este fique se movimentando de um lado a outro da caixa, podendo correr até o risco de tombar a caixa.

Existem caixas com divisões , onde você ajusta o tamanho conforme o animal vai crescendo, assim você não precisará comprar várias caixas.

TÉCNICA DE TREINAMENTO


Não importa se você lida com cães, gatos, orcas ou macacos, a formação de um treinamento para comportamento médico de sucesso está na dessensibilização.

Para quem não sabe:

- Comportamento médico é apenas uma parte do grande conceito de comportamento cooperativo (e uma das mais importantes).Comportamentos médicos são aqueles que visam habituar gradativamente os animais perante eventos dolorosos ou que possam causar medo, como receber uma injecção; portanto o estresse associado a estes eventos é significantemente reduzido. Os animais ganham a oportunidade de voluntariamente cooperar nestes procedimentos, ao invés de serem submetidos à força ou por sedação aos tais. Assim pode-se iniciar práticas de medicina preventiva e explorar técnicas anteriormente vistas como menos práticas em uma rotina, como ecografia e inseminação artificial; e sem a necessidade de separação dos animais de seus grupos sociais.

- Dessensibilização é um processo contínuo no qual condições novas e potencialmente amedrontadoras (e por vezes inconfortáveis) são gradualmente introduzidas ao animal. Toda vez que algo novo é adicionado ao ambiente do animal, deve ser o mais gradual possível. Uma introdução lenta e calma irá manter a confiança deste.


O treino de felinos para transporte em caixas de transporte é um tipo de comportamento médico muito utilizado com felinos selvagens, e é realizado através da habituação. Habituação é um tipo de aprendizado em que há a diminuição de uma resposta decorrente de repetidas apresentações ao estímulo provocador.
A fase mais receptiva dos gatos é da 3o a 7o semana de vida, sendo este o período ideal para apresentar ao filhote objetos e situações novas de maneira sempre agradável, com brincadeiras e agrados.
A chave para o treinamento com sucesso é dessensibilizar gradualmente todo o processo. Então vamos inumerar as etapas:

-entrar na caixa

-fechar o animal na caixa

-andar dentro de casa na caixa

-sair de casa na caixa

-dar uma volta no quarteirão na caixa

-andar pequenos percursos de carro na caixa

-entrar em locais estranhos na caixa

Só mude para a etapa seguinte quando estiver certo de que o animal esteja bem habituado à anterior.

- Entrar na caixa: deixe-a em locais frequentados pelo gato, como próximo de sua cama preferida, ou comedouro. É importante colocá-la em locais seguros e firmes (como no chão), para não correr o risco de que esta balance ou até mesmo caia. Instintivamente o felino procurará explorar o novo objecto e em pouco tempo ficará muito feliz dentro da caixa. Você pode facilitar este processo colocando um cobertor usado, brinquedos com “catnip” (erva do gato), que tornarão ainda mais atractivo o interior da caixa.

*não deixe a caixa no sol


-
Fechar a porta da caixa: este é um passo importante pois os felinos não gostam de se sentirem presos, portanto apenas partiremos para esta etapa quando tivermos plena segurança de que a caixa é um local extremamente confortável para o animal, ou seja, após este já ter entrado, saído, dormido uma grande quantidade de vezes e demonstrar gosto por estar em seu interior. Inicialmente começe uma brincadeira com o gato dentro da caixa, em que você manipula a porta, movimentando-a subtilmente para frente, como se fosse fechar mas sem fazê-lo, e mantenha por alguns segundos a porta semi-aberta. Repita este procedimento várias vezes por dia, e bem gradualmente para que o animal não perca a confiança. Após alguns dias feche a porta – tudo sempre amigavelmente, e recompensando a atitude calma com agrados e/ou “snacks” – apenas por alguns segundos e abra novamente. Gradativamente vá aumentando o tempo de permanência da porta fechada.

*Recompensas: geralmente não são necessárias, mas no caso de animais mais desconfiados ou que já passaram por experiências desagradáveis com a caixa, podem ser de grande valia. Recompense o animal apenas quando este estiver CALMO dentro da caixa. Isso pode ser feito oferecendo os “snacks” preferidos de seu gato quando ele se mantiver calmo dentro da caixa. Não o faça quando este demonstrar incômodo pois você pode estar recompensando esta atitude, o que provavelmente o levará a repeti-la cada vez mais.

*Tempo: evite deixar o animal preso por mais de 8 horas sem supervisão. Gatos jovens necessitam fazer suas necessidades mais freqüentemente que adultos, portanto não deixe filhotes presos por mais de 2 a 6 horas (conforme idade).

- andar dentro de casa, sair de casa, dar uma volta no quarteirão, andar pequenos percursos de carro, e entrar em locais estranhos com o gato na caixa: todas estas etapas são trabalhas de maneira semelhante, começando por intervalos pequenos até períodos maiores de tempo, sempre recompensando atitudes positivas, e ignorando as negativas. Se o animal se assustou não forçe a barra: volte com ele dentro da caixa para casa e tente novamente quando ele estiver calmo.

Só para lembrar:

  • Fazer com que um evento se torne parte da rotina do animal é a maneira mais fácil de habituá-lo a uma situação, mesmo que esta seja aparentemente desagradável.

  • Para que cada viagem desagradável aconteça (como para vacinar, tomar banho), vários transportes “felizes” devem acontecer anteriormente, e procure evitar submetê-lo a eventos desagradáveis com a caixa muito próximos um do outro, porque o animal pode perder a motivação em entrar e ficar na caixa.

  • ANIMAIS DEVEM ESTAR SAUDÁVEIS PARA SEREM SUBMETIDOS A QUALQUER TREINAMENTO

  • NUNCA USE A CAIXA COMO PUNIÇÃO

  • PACIÊNCIA E PERSISTÊNCIA

  • NUNCA USE QUALQUER TIPO DE PUNIÇÃO COM FELINOS

  • MANTENHA A CONFIANÇA DO ANIMAL

- não tente enganar um animal: quando um animal é enganado dentro de cooperação, a confiança é quebrada e o animal será “punido” por confiar em você.

Parasitoses em Ovelhas

É o problema de saúde mais comum e que acarreta maiores prejuízos, mas de fácil controlo e maneio.

Como avaliar:

Através de exame de fezes.

Clinicamente: animais com "papeira" (vide foto) e ou animais apresentando mucosa dos olhos esbranquiçada e fezes pastosas.

Tipos de Desparasitantes:

Amplo espectro - ivermectin , moxidectin, levamisol, albendazol, oxifendazol e parbendazol.

Pequeno espectro - disofenol e closantel.

Aplicar os desparasitantes orais com pelo menos 12 horas de jejum. Após a aplicação (oral ou injetável), deixar os animais presos por mais 12 horas para a eliminação dos vermes contidos no animal.

Algumas ovelhas mais susceptíveis, mesmo sob tratamento intensivo, não conseguem se recuperar, sendo necessário repetir a dose ou trocar de medicamento para obter eficácia no controle.

Animais debilitados e com anemia profunda devem receber medicamentos de apoio, além do desparasitante, para o rápido restabelecimento de sua saúde. Nesses casos, indicam-se medicamentos que contenham vitamina B12, Cobalto e Ferro, que ajudam o organismo a repor as hemácias e glóbulos brancos perdidos durante o parasitismo e vitamina K para deter a hemorragia causada pelo parasito.

Logo após o parto, em função da lactação que debilita ainda mais uma ovelha já enfraquecida, recomenda-se, também, a administração de soluções à base de cálcio.

É comum a ocorrência de infecções secundárias por bactérias oportunistas em animais debilitados pela verminose. Geralmente essas bactérias são gram-negativas, tais como a Pasteurella e Escherichia coli , que podem matar o animal com pneumonia e/ou septicemia. Visando a controlar essas infecções secundárias, tem-se utilizado antibiótico à base de norfloxacina.

Vale sempre prevenir...

- Proteja as categorias susceptíveis, como as ovelhas em lactação e cordeiros em crescimento e acabamento, com o confinamento ou semiconfinamento.

- Não misturar animais jovens e adultos no mesmo pasto, reservando pastos que tenham ficado em descanso por um período de no mínimo 90 dias ou pastos recém-formados para cordeiros desmamados.

- Evitar pastos em baixadas e terrenos alagadiços.

- Descartar animais que apresentem, com freqüência, sintomatologia clínica de verminose.

- A criação conjunta de ovinos com outras espécies, como bovinos (adultos) ou eqüídeos também contribui para o controle da verminose, uma vez que as larvas dos vermes, quando ingeridas por bovinos adultos e eqüídeos não conseguem completar o ciclo parasitário, em função de especificidade do hospedeiro.

- No verão, quando os animais são presos à noite para protegê-los dos ataques dos cães ou animais silvestres, soltá-los no pasto após a secagem do orvalho. Esse manejo contribui para diminuir a infecção por helmintos gastrintestinais.

- Alimentar bem os animais, pois aqueles em bom estado nutricional, principalmente com elevado nível de proteína na alimentação, têm maior capacidade de resistir às infecções (endoparasitos) e infestações parasitárias (ectoparasitos).

- Evitar situações de estresse (mudanças bruscas de alimentação, transporte, etc.), principalmente no terço final da gestação ou durante a lactação, a fim de não reduzir ainda mais a imunidade do animal à verminose, que já se encontra baixa neste período reprodutivo.

- A rotação pasto x cultura é uma boa maneira de "limpar" os pastos de parasitos internos e externos dos animais.

- Dispor os cochos de alimentação a uma altura de pelo menos 10 cm do solo, a fim de evitar a contaminação dos alimentos com a entrada e pisoteio dos animais no cocho.

- Utilizar quarentena para ovinos que são introduzidos no rebanho, durante a qual são desparasitados, e, somente após a constatação de estarem livres de parasitos por meio de exame de fezes, serem integrados ao plantel.




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Cachorros para adopção







Cachorrinhos nascidos em Janeiro, sem raça definida, a mãe é uma cadela de 10kg, pai desconhecido.
Contacto para adopção 235 296 435 - Pombeiro da Beira

Benvindos!

Olá a todos, este é o blog da Cãofraria dos Bichos, o centro veterinário de Vila Nova de Poiares.
Vocês poderão encontrar artigos sobre saúde e bem estar animal, anúncios de adopções, podem tirar suas dúvidas e deixar os comentários que quiserem.
Tudo isso para tornar ainda mais próximo o contacto dos clientes e amigos desta cãofraria!
Os melhores cumprimentos a todos visitantes, e não exitem em deixar suas impressões.
-Cristiane Lima